domingo, 28 de junho de 2009

Quem quer casar com a Dona Baratinha?


Recentemente fui levar o meu filho de 4 anos para assistir a peça “O Casamento da Dona Baratinha”. Para quem não se recorda, a história é a seguinte: varrendo o quintal de sua casa, D. Baratinha encontra um baú cheio de ouro e decide realizar o sonho de sua vida: casar. (Qualquer semelhança é mera coincidência ok?). Daí começa a maratona da Dona Barata em busca de um marido bacana. Ela começa a cantarolar uma musiquinha para atrair pretendentes que era mais ou menos assim: “Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?”.
Eis que surgem três pretendentes, por sinal engraçadíssimos: o porco, o burro e a raposa. Pouco tempo de conversa com cada um deles e Dona Baratinha percebe que não ia rolar casório nenhum, eles eram decepcionantes. O primeiro era avesso à banho, o segundo não entendia nada que ela falava, era uma porta e o terceiro só pensava no dinheiro dela, só queria se dar bem.
A essa altura, a barata já estava desanimada e quase desistindo de arrumar um marido, quando perguntou às criancinhas se deveria desistir ou continuar procurando. Num ímpeto e antes que algum filho pudesse se manifestar, as mães em coro gritaram convictas: “Não faça isso, minha filha, pega esse dinheiro e vai viajar, vai pra Europa, ou Fernando de Noronha!!!” Gente, foi hilário. Depois todas nos entreolhamos e rimos, acompanhada da cara de decepção da Barata, que esperava outra resposta.
Para dar prosseguimento à peça e não mudar os rumos da história, acabamos incentivando nossos filhos a também incentivarem a Dona Baratinha na sua busca pelo par ideal e depois de muito cantarolar, no final das contas, apareceu Dom João Ratão, pretendente com qualidades que toda mulher (e barata) procura e finalmente Dona Baratinha se casou.
O que me leva a escrever essa crônica, claro, não podia ter outro razão, senão a negação das mães ao casamento. Eu não sou casada, mas tenho várias amigas e amigos que são e a maioria me assusta com suas declarações sobre essa instituição hoje motivo de muitas discussões e questionamentos. Se o casamento está falido ou não, eu não posso dizer. Para falar a verdade, como a Dona Baratinha, também quero experimentar.
Na minha opinião, pelo meu mundo, a real é que as mães/mulheres (ou baratas) em geral estão de saco cheio de tantas obrigações e responsabilidades. Tenho certeza que se for perguntar às que você conhece se elas gostariam de pelo menos 15 dias na Europa ou uma semana em Fernando de Noronha, todas diriam que sim!

Por Janaina Bernardes