Por: Janaína Bernardes
O nome não importa. O fato é que a prática existe e de acordo com o escritor Oscar Wilde, dono também da célebre frase “Há apenas uma coisa no mundo pior do que falarem mal de você: é não falarem sobre você”, a fofoca no ambiente de trabalho pode até ser positiva. Estudos feitos em diversos países e divulgados na revista Você S/A comprovaram que as pessoas dedicam de um quinto a dois terços de suas conversas diárias “dando com a língua nos dentes”. Mas, ao contrário do que muitos pensam (principalmente os chefes), jogar conversa fora pode assumir aspectos positivos e até mesmo ajudar na carreira, pois é nos papos informais que dá para conhecer melhor as pessoas, por exemplo, entender quem é quem na diretoria, como é o temperamento do novo chefe e até mesmo entender as regras implícitas da empresa.
Mas é preciso cuidado com os “disse-me-disses” corporativos. Participar de “zunzunzum” não significa ficar no corredor o dia todo, nem dar credibilidade a tudo que se ouve. É preciso saber discernir as informações que chegam e até mesmo as suas fontes, pois sempre vai existir aquele interessado em distribuir maledicências e prejudicar alguém. Desse, mantenha sempre distância! Mas se, por exemplo, a informação chegar de duas ou três pessoas diferentes, não custa ficar atento e observar. E antes de comprar a história e passar adiante, é melhor verificar a veracidade dos fatos.
Entretanto, entre escolher pelas rádios não-oficiais, que sempre inspiram desconfiança, e a informação eficiente possibilitada através dos setores de Recursos Humanos e Comunicação Interna, opte pelo segundo caminho. Para reforçar a ideia, acrescentamos um texto bem conhecido para reflexão e que pode ser aplicado tanto à vida pessoal como profissional: “As três peneiras de Sócrates":
“Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.- Três peneiras? Que queres dizer?- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da verdade. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.- A segunda peneira é a da bondade. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?Envergonhado, o homem respondeu:- Devo confessar que não.- A terceira peneira é a da utilidade. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?- Útil? Na verdade, não.- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti”.
“Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.- Três peneiras? Que queres dizer?- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da verdade. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.- A segunda peneira é a da bondade. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?Envergonhado, o homem respondeu:- Devo confessar que não.- A terceira peneira é a da utilidade. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?- Útil? Na verdade, não.- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti”.
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