Quando a crise econômica atingiu dimensão global, no início do ano, impulsionada pelo colapso do mercado imobiliário e financeiro dos Estados Unidos, a previsão sobre o número de desempregados em todo o mundo até o final de 2009 era catastrófica, de acordo com a Organização Nacional do Trabalho (OIT): de cerca de 51 milhões de pessoas. No Brasil, essa estimativa ficava em torno de um milhão e meio. Apesar das medidas tomadas pelos governos para proteger a economia de seus países, através da redução de impostos e concessão de empréstimos aos bancos e às organizações, muitas pessoas perderam seus empregos e outras deixaram de ser contratadas, na política assustadora de redução de custos adotada pelas empresas.
Os efeitos da crise foram sentidos em diversos setores e especialmente no cenário internacional. No Brasil ela não chegou com tanta força e algumas empresas sequer a notaram. A gerente de recursos humanos de uma grande empresa do segmento de tecnologia da informação, Vanessa Medeiros, confirma: “a companhia não demitiu um funcionário sequer e continuou contratando”. Mas nem todas tiveram o mesmo desempenho. No auge da crise, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou taxa de desemprego entre a população economicamente ativa de 9%, contra os atuais 8,1%.
Embora a tsunami tenha passado o mundo ainda navega em águas agitadas e é nesse cenário cauteloso que as empresas tentam retomar suas atividades. As que demitiram ou fecharam postos voltam a contratar e os profissionais que foram despedidos têm agora um grande desafio: dar uma guinada na carreira. A recolocação profissional passou a ser a grande dificuldade e para os mais velhos ainda mais, pois têm que disputar vaga com profissionais jovens, geralmente contratados com salários mais baixos. Portanto, é crucial que estejam bem atualizados e, sobretudo, qualificados para o mercado de trabalho, agora ainda mais competitivo. Investir em cursos de pós-graduação é uma boa saída. Outra opção é fazer o que muitos tem feito: observar atentamente os movimentos do mercado e apostar no negócio próprio.
Seja qual for a direção, investir em educação e conhecimento são atitudes que devem ser tomadas antes, durante e depois das crises, sempre presentes na vida de todos e observar que os momentos difíceis, às vezes trazem as melhores oportunidades.